O alastramento internacional do fenómeno provocou por todo o mundo uma onda de preocupações e esforços no sentido de refrear quer o tráfico quer o consumo de “droga”, empenhando-se particularmente os governos nesse combate.
As Nações Unidas firmaram uma convenção contra o tráfico ilícito de estupefacientes e substâncias psicotrópicas, em 1988, o mesmo fazendo o Conselho da Europa em Novembro de 1991, visando o tráfico da droga. Apesar desta multiplicidade de esforços, alguns dos quais nem sempre sinceros e consequentes, a “droga” não desapareceu das sociedades, antes continua a constituir um dos maiores flagelos sociais do nosso tempo. Em Portugal, o fenómeno conheceu, tal como no resto do Mundo, um preocupante desenvolvimento, desde os primeiros anos de 70, atingindo expressões por vezes dramáticas, mobilizando-se por isso energias e recursos para o combater, tanto ao nível do tráfico ilegal e clandestino, como ao nível do consumo proibido e punido por lei.
Nos últimos tempos, têm começado a surgir na sociedade portuguesa, tal como aliás noutros países, opiniões que põem em causa a eficácia e o mérito das estratégias adoptadas para debelar o fenómeno, e esboçam, alternativamente, a defesa de uma mudança de atitudes e medidas legais, para minorar os efeitos perversos da difusão da “droga”. Entre elas, algumas vozes chegam mesmo a preconizar a liberalização do tráfico e do consumo da “droga”, como forma de melhor controlar o fenómeno nas suas manifestações, e melhor o atacar nas suas causas e efeitos nocivos.
Concorda com a despenalização do consumo de drogas "leves"? Para que fins?